Caramujos Africanos
Achatina Fulica
Em Iporá muitas pessoas comentam que um profº trouxe os caramujos com a intenção de comercializa-los como escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças. Então resolveu soltá-los.
Muitas pessoas utilizam sal de cozinha para matar o caramujo, porém causa outros problemas, como a salinização do solo e também acumulará água servindo como criatório do mosquito aedes aegypti.
Saiba mais sobre o Caramujo Africano
O animal pode ser encontrado em hortas, jardins, planta ções e armazéns de grãos e possui uma significativa resistência à seca e ao frio.
O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças.
Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso.
A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.
Quando chove muito numa região infestada, é comum observarmos os caramujos subindo as paredes, sendo, então, uma boa oportunidade para destruí-los. É preciso observar o local que foi infestado por eles por pelo menos três meses para verificação das reinfestações.
Como identificar o verdadeiro caramujo-gigante africano ?
Como se sabe, os caramujos em geral gostam de locais úmidos e sombreados. Por isso, ao iniciar a busca do caramujo africano em seu quintal, verifique bem os cantos dos muros, as paredes onde não bate muita luz e os lugares em que possa haver acúmulo de galhos, restos de poda, folhas, madeiras, etc.Também são locais muito propícios os restos de construção, entulhos e, em especial, os tijolos furados.
Como recolher o molusco ?
* A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, munidos de luvas descartáveis para não ter contato com o caramujo, os coloquem em recepientes com tampa.Para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os vermes continuam no local.
* Manuseie e colete o caramujo com a proteção de luvas ou sacos plásticos (verifique se o saco e as luvas não estão furados).
* Não coma, não beba, não fume e não leve a mão à boca, durante o manuseio do caramujo.
Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o caramujo.
* Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos.
* Para exterminar os caramujos, matenha-os dentro de dois sacos plásticos e pise em cima com calçado adequado (tênis ou botas) para quebrar as conchas.
Outra alternativa e ferver os caramujos durante 50 minutos.
* Após esses procedimentos enterre-os em valas de 80 cm, jogando cal virgem em cima dos caramujos mortos nos sacos (cuidado, pois a cal virgem é cáustica e queima, causando danos à pele).
Depois cubra a vala com terra.
Atenção: essas valas devem estar distantes de poços ou cisternas.
Caso tenha dúvidas sobre o melhor local para cavar a vala, consulte os órgãos de saúde ou de meio ambiente de seu município.
* Lave as mãos após esses procedimentos
Cuidados extras
Para evitar que os caramujos africanos presentes em propriedades vizinhas cheguem ao seu terreno, prepare uma mistura de sabão em pó e água, formando uma calda forte, e espalhe sobre o muro.Refaça esse procedimento a cada 3 semanas ou após cada chuva.
Para ingerir verduras, frutas ou legumes de plantações que suspeite apresentar a presença de caramujos africanos:
Observe se as folhas e frutos estão inteiros, ou seja, se não foram comidos por caramujos.
Despreze os vegetais que tiveram contato com os caramujos.
Prevenção
Deixe as verduras, frutas e legumes mergulhados em uma mistura contendo 01 colher (sopa) de água sanitária para 01 litro de água, durante trinta minutos.Enxágüe muito bem antes de comer.
Doenças
A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção.Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.
Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.
O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.
EVITAR AS SEGUINTES CONDUTAS
• Não use sal para controlar os caramujos, para evitar a salinização do solo, destruindo o
gramado e as plantas por muitos anos.
• A utilização de venenos ou moluscicidas não deve ser feita, uma vez que outros animais e
até pessoas podem ser contaminadas, e até morrerem.
Histórico
O caramujo-africano é um molusco terrestre, originário do nordeste da África, relatado pela
primeira vez, fora de habitat natural, em 1803, na Ilha Maurício, sendo disseminado para diversos
países como Índia, Ceilão, Malásia, Austrália, Gana, Costa do Marfim, Japão, Estados Unidos,
Indonésia, diversos países insulares, inclusive o Hawaí, e outros.
Por dados levantados o molusco foi introduzido ilegalmente no Brasil, em uma feira
agropecuária realizada em Curitiba, entre 1988 e 1989, por empreendedores que visavam a
concorrência com o verdadeiro “escargot” (Helix aspersa), em função de suas características
biológicas (alta taxa de reprodução, adapta-se a diferentes ambientes) e ausência de predadores
naturais. Sua presença foi constatada no Brasil, nos Estados do AM, BA, ES, GO, MA, MG, PA,
PB, PR, PE, PI, RJ, RO, SC, SP e DF.
Em 1996, alguns produtores goianos tentaram a formação de uma cooperativa para
criação de escargot, no entanto, fotos comprovaram que se tratava do caramujo-africano. Como
não obtiveram êxito, o insucesso comercial provocou desistência na criação e a soltura
inadequada do molusco no meio ambiente, facilitando sua disseminação. Concomitantemente,
propensos criadores, inadvertidamente, coletaram indivíduos ferais (asselvajados, em vida livre)
com objetivo experimental e/ou comercial, originando o problema que se agravou mais, porque a
espécie introduzida tem alto potencial invasor, sendo considerada uma das cem piores espécies
da Lista na União para Conservação da Natureza (UICN).
primeira vez, fora de habitat natural, em 1803, na Ilha Maurício, sendo disseminado para diversos
países como Índia, Ceilão, Malásia, Austrália, Gana, Costa do Marfim, Japão, Estados Unidos,
Indonésia, diversos países insulares, inclusive o Hawaí, e outros.
Por dados levantados o molusco foi introduzido ilegalmente no Brasil, em uma feira
agropecuária realizada em Curitiba, entre 1988 e 1989, por empreendedores que visavam a
concorrência com o verdadeiro “escargot” (Helix aspersa), em função de suas características
biológicas (alta taxa de reprodução, adapta-se a diferentes ambientes) e ausência de predadores
naturais. Sua presença foi constatada no Brasil, nos Estados do AM, BA, ES, GO, MA, MG, PA,
PB, PR, PE, PI, RJ, RO, SC, SP e DF.
Em 1996, alguns produtores goianos tentaram a formação de uma cooperativa para
criação de escargot, no entanto, fotos comprovaram que se tratava do caramujo-africano. Como
não obtiveram êxito, o insucesso comercial provocou desistência na criação e a soltura
inadequada do molusco no meio ambiente, facilitando sua disseminação. Concomitantemente,
propensos criadores, inadvertidamente, coletaram indivíduos ferais (asselvajados, em vida livre)
com objetivo experimental e/ou comercial, originando o problema que se agravou mais, porque a
espécie introduzida tem alto potencial invasor, sendo considerada uma das cem piores espécies
da Lista na União para Conservação da Natureza (UICN).
1 comentários:
Quando eu era criança em Iporá eu colocava sal nesses caramujos para vê-los se derreterem.
Já naquela época ouvíamos falar do caramujo africano nas escolas, mas não me lembro dos professores orientar quanto a forma adequada deste animal. Acho que a orientação na ocasião era a de colocar sal mesmo.
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