Marjorie Avelar e Vinicius Mamede
O crescimento de 1,46% na geração de empregos com carteira assinada em Goiás, no mês de março, marca um recorde do Estado na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, iniciada em 1992. Ao todo foram 13.754 trabalhadores contratados, o que colocou o Estado, mais uma vez, em primeiro lugar no ranking do Centro-Oeste. Considerando a variação relativa, Goiás ficou na terceira colocação, atrás de Rondônia (1,65%) e Piauí (1,57%).
Março também foi o melhor do ano, já que em janeiro foram contratados 10.176 trabalhadores com carteira assinada e em fevereiro, 10.727 no Estado. No acumulado de 2010, Goiás contratou 34.657 postos – um crescimento de 3,77%, em relação ao mesmo período de 2009. Este também foi o melhor desempenho do Centro-Oeste. Já no acumulado dos últimos 12 meses (até março), o emprego no Estado subiu 5,68%, correspondendo a 51.254 contratados celetistas. Novamente foi o melhor resultado da região.
A indústria de transformação (+ 4.341 postos), agropecuária (+ 2.998), serviços (+2.772), comércio (+1.926) e construção civil (+1.615 postos) foram os setores da economia goiana que mais geraram vagas. Para Pedro Bittar, presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), o bom desempenho das empresas de Goiás que, consequentemente, determinaram alta na geração de empregos com carteira assinada, não foi uma surpresa. “Não é a primeira vez que Goiás se destaca em números de contratações e permanece bem acima da média nacional. Este resultado já era esperado”, afirmou.
RESULTADOS
De acordo com o Caged, o País contratou 266.415 trabalhadores – alta de 0,8 em março frente a fevereiro (leia mais abaixo). “Dá para se medir o potencial do Estado na análise dos índices obtidos entre 2008 e 2009 em que, mesmo diante crise, a economia goiana não registrou recuos”, disse o presidente da Acieg.
Para os próximos meses, Bittar espera ainda novos recordes. “A indústria de Goiás, por exemplo, dá sinais concretos de irá bater mais recordes de produção. Este é o setor que exige mão de obra”, afirmou. Para ele, a boa fase do agronegócio e da agroindústria, aliada à produção de itens de primeira necessidade, são as causas da boa expectativa. “Os gêneros alimentícios não podem ser excluídos da lista de compras das pessoas e, neste segmento, os produtos goianos são bem vistos em todo o País e até fora dele”, completou.
FÁBRICA GOIANA CONTRATA 200
A indústria de transformação em Goiás, sozinha, foi responsável pela contratação de 4.341 celetistas, segundo dados do Caged. O bom momento do setor pode ser observado pelos resultados da fábrica Mabel, que funciona em Aparecida de Goiânia. De acordo com o diretor-presidente do grupo, José Vicente Barros, desde 2009 a empresa vem investindo na produção e no marketing da empresa, com foco no crescimento neste ano. “Mesmo com a crise, não reduzimos nenhum centavo nos investimentos industriais e em marketing que, respectivamente, totalizaram 40% e 70% a mais, em comparação ao ano anterior”, informou. “Também não reduzimos nosso quadro de funcionários que, aliás, cresceu em 2010”, completou.
Segundo Barros, de fevereiro a março foram contratados 100 trabalhadores com carteira assinada, somente na fábrica de Aparecida (em todo o País, são cinco), acumulando neste ano um total superior a 200 novos empregados. Somente a unidade vizinha a Goiânia é responsável por 50% do faturamento de todo o grupo.
Conforme o diretor-presidente da Mabel, o segmento de biscoitos vive momento de ascensão. “Estamos extremamente animados, porque o movimento do setor, no Brasil, está bem positivo. A prova disso é que este cresceu 3,7% em março, em comparação a fevereiro, sendo que a Mabel teve alta de 7%”, relatou. “Diante disso, a Mabel investiu na compra de equipamentos novos e no lançamento, para 2010, de 16 novos produtos da marca”, destacou Barros. (M.A.)
Exportação apoia resultado no país
A indústria exportadora se somou àquelas que já vêm em ritmo de expansão com base no mercado interno aquecido impulsionando a criação de vagas de trabalho formais em março, com destaque para as indústrias têxteis, de calçados e metalurgia. Segundo o Caged, o saldo líquido de empregos celetistas, em março, foi de 266.415, o que representou novo recorde para o mês. No acumulado do primeiro trimestre de 2010 foram gerados 657.259 postos. Este resultado também é o melhor desempenho da série histórica, iniciada em 1992.
“Toda a cadeia produtiva está reagindo muito bem e vai continuar reagindo. No ano passado, dependíamos mais do mercado interno, mas agora a reação foi mais forte do setor de exportação”, disse o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que prevê a criação líquida de 340 mil a 360 mil vagas em abril, o que seria o melhor não apenas para meses de abril, mas também para toda a série histórica. “Vamos viver o melhor abril, o melhor semestre e o melhor ano da geração de empregos”, disse Lupi.
Os 25 subsetores de atividade avaliados apresentaram aumento do nível de emprego no mês passado. Destes, 15 apresentaram números recordes. Em números absolutos, os destaques ficaram com os segmentos de serviços, indústria de transformação, construção civil e comércio. O setor de serviços, além de registrar a maior geração de empregos para o mês (106.395 postos de trabalho) também alcançou o segundo resultado para todos os meses da série histórica. (Agência Estado)
Fonte: O Hoje
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