Valdeni / João Batista / Devaci |
Valdeni Pinheiro Alves 32 anos, natural de Humaitá - AM, passou por Iporá, o jovem pretende passar por todas as capitais brasileiras em menos de um ano.
Em sua bicicleta Monark (sem qualquer adaptação para provas ciclísticas de longo percurso), seu principal objetivo é entrar para o livro dos recordes, e superar a marca do atual recordista Silvio Mastiole que completou o trajeto em 2005, e também descobrir a receptividade boa e ruim da população e principalmente dos políticos do Brasil inteiro.
Saindo da sua cidade natal no dia 15 de maio de 2010 registro da viagem esta sendo feita através de fotografias e assinaturas das pessoas em uma ata de viagem. O ciclista Valdeni Pinheiro já passa por 24 capitais e também por momentos difíceis, como alimentação inadequada, noites mal dormida, falta de apoio dos políticos e moradores dos lugares por onde passa. Mas aqui em Iporá ele encontrou o vereador Devaci Dias, e o empresário no ramo de bicicletas Casa Grande proprietário da Casa Grande Bike Center que apoiou na manutenção e troca de peças para a sua bicicleta, café da manhã e almoço, o mesmo deu entrevista ao nosso companheiro João Batista da rádio Nova Onda, onde relatou que em todas as prefeituras e câmaras de vereadores que ele procurou ajuda, a câmara municipal de Iporá, recepcionado pelo vereador Devaci Dias, foi onde ele se sentiu como ser humano, pessoa importante, valorizado por que as pessoas quando ver ele trata-o de maneira violenta, e preconceituosa. Ele apresenta de forma simples com sua bicicleta toda colorida, o que ele mais ficou impressionado foi com a simplicidade das pessoas, tirou fotos com o vereador Devaci, e com as visitas que se encontravam no gabinete, alguns funcionários da casa, o mesmo comentou que ganhou o dia com tanta atenção. O viajante pretende terminar o trajeto na mesma bicicleta que iniciou a viagem. A previsão de encerramento da aventura é para o mês de maio de 2011 na cidade de Humaitá, extremo norte brasileiro.
Curiosidades do Aventureiro
Foi em Porto Velho onde mais tempo ficou. “Meu dinheiro acabou e precisei arrumar algum trabalho para poder comer na viagem. Não gosto muito de ficar pedindo para os outros. Trabalhei na obra de uma barragem durante dois meses. Consegui juntar mais de R$ 2 mil e pedi demissão para seguir viagem. O dinheiro acabou em um mês.”
Foi também em Porto Velho que Valdeni passou pelo primeiro problema sério em sua trajetória. “Fui assaltado. Levaram meu capacete e meu caderno de atas, onde escrevia um diário de viagem e registrava todas as cidades por onde passava.” Alves disse que os problemas não pararam por aí. “Fui assaltado de novo, em São Luís. Passei um período da viagem sem capacete. Eu pedia para as pessoas me ajudarem a arrumar um capacete, mas tive de andar dez capitais sem essa segurança.”
foto: Palhocense |
Valdeni chorou ao lembrar da mãe, Raimunda das Chagas Pinheiro, que, segundo ele, é sua maior incentivadora. “Não é um sonho meu andar pelo país de bicicleta. Eu vivia num mundo errado e fazia minha mãe sofrer muito. Hoje tenho uma vida correta, graças a Deus e a Virgem de Nazaré. Cometi vários delitos, fui preso várias vezes e hoje estou recuperado e quero dar uma vida melhor para minha mãe e dar mais alegrias para ela.”
Ainda com os olhos cheios de lágrimas, ele lembrou que a mãe vende salgados para sustentar a família. “Ajudei muito ela a educar meus outros dois irmãos. Espero voltar para dar um abraço nela em março. Eu falo para ela que vou desistir, principalmente depois que me roubaram, e ela diz para eu continuar.”
Solteiro e sem filhos, quando não consegue hospedagem em albergues, o ciclista diz dormir em qualquer lugar. “O que importa é não parar”, completa. Ele chega a percorrer mais de 100 quilômetros por dia. Em virtude disso, já enfrentou um estiramento em um ligamento no joelho. Além do esforço físico, ele enfrenta dificuldades financeiras para se manter. Sem patrocínio da Cidade onde vivia, ele saiu do Amazonas com pouco mais de R$ 2 mil no banco. “Falta apoio até mesmo para fazer a manutenção da bicicleta”, reclama Valdeni. Os gastos com a manutenção vão além da bicicleta. Ele já teve a máquina fotográfica quebrada e precisou comprar outra. Ele explica que costuma gastar de R$ 15 a R$ 20 por dia em alimentação. Para economizar, Valdeni conta com a solidariedade de comerciantes.
Mas, nem sempre é assim. “Quando vou a algum restaurante as pessoas não atendem a gente. Acham que vou querer pedir. A gente é muito desprezado. Poxa, eu sou ser humano!”, lamenta entristecido. Quando o dinheiro é curto ele costuma comprar macarrão instantâneo e cozinha no fogareiro que leva na magrela. “Não quero dinheiro. Quem quiser ajudar que ajude com alimentação ou manutenção para a bicicleta”, afirma.
Além de inúmeros adesivos de locais por onde Valdeni passou, a bicicleta carrega cerca de 10 peças de roupa, um galão com três litros de água, itens de higiene e limpeza, como sabão em pó, balde e sabonete. Ele relata que se não encontra lugar para ficar, tenta conseguir água potável na rua e tomando banho de balde. “Não sei dormir sem tomar banho”, revela. Ele lava as próprias roupas e as estende para secar em um varal improvisado na parte traseira da bicicleta.
Fontes:
G1
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