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| Eliene Silveira |
"Eu falei: isso é um absurdo. Vocês estão me desrespeitando dentro da minha casa. Isso é um absurdo. Ai eles me disseram que não era absurdo porque eles eram policiais e que estavam ali trabalhando”, disse Eliene, que continua: “Me senti desacatada, humilhada... A partir daquela hora eu comecei a passar mal, com dores e ferroadas no peito porque eu tenho câncer de mama e fiquei humilhada”.
De acordo com a dona de casa, mesmo a mulher não apresentando nenhum documento que comprovasse que a bicicleta era a dela, os policiais deram apoio e queriam levar a sua bicicleta de qualquer modo. Depois de várias explicações e de contar em qual loja o marido havia comprado a bicicleta, Eliene convenceu os policiais a irem na referida loja em busca da comprovação da compra. Eles não conseguiram.
Sem esperar pelo retorno dos policiais, Eliene, que está sob forte tratamento de saúde, ligou para o marido no trabalho e contou a história. Os dois foram até a loja e conseguiram encontrar o cupom fiscal da compra da bicicleta. De posse do documento, o casal procurou A Voz do Povo, narrou à história e disseram que também levariam o caso ao delegado de polícia civil e ao Ministério Público. “Me senti humilhada ao ser chamada de ladra pela mulher”, desabafa Eliene.
A dona de casa, bastante abalada psicologicamente, em função do tratamento do câncer, disse que espera várias providências. “Eu gostaria que esses policiais reconhecessem o que eles fizeram e que eles soubessem trabalhar melhor para não afetarem as pessoas como eles fizeram comigo. Com relação à mulher, que ela fosse até a minha casa pra me dizer que errou ao me acusar de roubar a bicicleta dela”, finaliza Eliene. Ela e o marido são evangélicos.
O delegado Vicente Stábile, ao tomar conhecimento da situação, disse que o caso será apurado com todo rigor. Ele frisa ainda que a mulher que fez a denúncia terá que comprovar com documentos que a bicicleta da dona de casa é a dela, sob pena de poder responder a um procedimento por denunciação caluniosa. “O caso será apurado”, garante o delegado.
30/3/2011
Edivaldo Oliveira
Edivaldo Oliveira
Fonte: A Voz do Povo
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