O produtor rural Ricardo Rizzo Vasques, 48, acompanhado de 5 crianças e uma empregada doméstica, passou por um grande susto na última quarta-feira, dia 20, quando seguia em sua caminhonete para São Luís de Montes Belos, pela estrada que liga o município ao povoado de Rosalândia. Ao passar por dois veículos estacionados à beira da via, um em cada sentido da via, Ricardo foi alvejado por vários disparos de arma de fogo.
 |
| Ricardo Rizzo à esquerda |
Ao notar que um homem colocou o corpo para fora de um dos veículos e começou a atirar, Ricardo conseguiu se desvencilhar das balas e ninguém ficou ferido. Durante a fuga Ricardo ligou para a Polícia Militar e relatou o caso. Em poucos minutos a equipe do GPT, composta pelos policiais: Sgt. Ferreira e Soldados Reinado e Cardoso, com o apoio de mais duas equipes, chegou ao local e logrou êxito na prisão do suspeito de efetuar os disparos contra a vítima.
A surpresa veio com a identificação do autor dos disparos. O policial civil Ailton Vicente da Silva, 39, lotado na delegacia de Sanclerlândia, confessou ser o autor dos tiros. Ao delegado, Dr. Tiago Junqueira, que estava de plantão na delegacia de São Luís, Ailton disse que a motivação dos disparos teria sido uma manobra do veículo da vítima que acabara fechado o seu veículo na estrada.
Argumento que perdeu a consistência após as primeiras investigações do delegado Junqueira. A motivação oficial teria sido passional. Ricardo declarou que manteve, há um tempo atrás, uma relação com uma ex-namorada de Ailton Vicente. “Conheci o pai dessa moça, mas na época não aconteceu nada, pois eu era casado. Depois que me separei encontrei com ela e ela disse que eu havia sumido, e eu comentei: agora vou aparecer mais, pois estou solteiro. Ela me disse que estava solteira também e trocamos telefone e ficamos juntos até ela ir para os EUA e então, acabou”, frisa Ricardo.
Além do risco de vida que os ocupantes do veículo sofreram, um fator agravante chamou a atenção no caso: a arma e o veículo utilizados na tentativa de homicídio pertencem à Polícia Civil. Para agravar ainda mais a situação, testemunhas, ouvidas pelo delegado, disseram que Ailton estaria rondando a região como se estivesse preparando a ação. “Apesar de nenhum dos disparos atingirem a caminhonete, o clima no interior do veículo foi de pânico e pavor”, disse a empregada, que pede para não ser identificada.
“Estava eu, meu filho de 13, minha filha de oito anos na frente, e atrás a empregada com seus três filhos. E quando eu percebi que ele realmente iria atirar eu falei para todos se abaixarem porque ele estava atirando em nós, aí eu acelerei. Assim que eu cheguei ao lixão às viaturas já estavam todas no local, eu estava vindo até São Luís deixar a empregada para fazer uma compra e seguiria para Goiânia. A Polícia Militar de São Luís está de parabéns, pela presteza e competência”, conta Ricardo.
O policial Ailton Vicente passou a noite na delegacia de São Luís e na manhã do dia seguinte ele ficou sob a custódia do seu chefe imediato, o delegado da cidade de Sanclerlândia, que por sua vez ficou com a incumbência de encaminha-lo à Corregedoria da Polícia Civil para a adoção das medidas que o caso requer. Infelizmente não foi possível falar com o suspeito para ouvir dele a sua versão dos fatos.
Edivaldo Oliveira
Fonte: A Voz do Povo
Link curto:
0 comentários:
Postar um comentário
Sugerimos postar comentários como:
Nome/Url
colocando seu nome.
Comente somente sobre o assunto acima.
Por favor não use palavrões, xingamentos, ofensas.
Para falar com o responsável pelo Blog Iporá, sugestões, parcerias, anúncios, etc. clique em "contato" na última opção do menu.
*Antes de ser publicado seu comentário será analisado.