Briga agora não é mais entre Catalão e Itumbiara, mas entre Goiás e o Estado do Rio de Janeiro.
O governador Marconi Perillo (PSDB) tem mais um desafio pela frente: garantir a instalação de uma fábrica da montadora japonesa Suzuki no Estado. O clima de intranquilidade política gerado pela possibilidade de a empresa se instalar em Itumbiara (GO), desagradou os acionistas, que já estudam a possibilidade de se instarem no Estado do Rio de Janeiro. A briga agora não é mais entre Catalão e Itumbiara para ver quem fica com a fábrica, mas entre Goiás e o Rio de Janeiro ou outro Estado.
Declarações do prefeito de Catalão, Velomar Rios (PMDB), de que diretores da indústria haviam lhe afirmado que a escolha da cidade que vai receber o investimento seria política e dependeria exclusivamente do governador, Marconi Perillo, irritaram profundamente a direção da Suzuki. A assessoria de imprensa da Suzuki chegou a desmentir o prefeito, jogando por terra a tese de ingerência política e reforçando que a decisão da empresa, que não teria sido ainda tomada, seria eminentemente técnica e estratégica.
Como todo grande conglomerado, o grupo Souza Ramos, que detém a marca Suzuki no Brasil, é extremamente discreto e cauteloso com suas ações. Todas as decisões de grande porte passam também pelos acionistas da fábrica no Japão e seguem, estritamente, às estratégias da multinacional.
No início da semana, Marconi esteve em São Paulo e no Rio, onde se reuniu com vários empresários. Na bagagem de volta, o governador trouxe notícias de investimentos importantes para o Estado, como R$ 1,2 bilhão na ampliação da Mitsubishi em Catalão.
O governador também esteve com diretores da Suzuki na tentativa de evitar que a empresa vá para outro Estado como o Rio de Janeiro. Oferecemos todo o nosso apoio à Suzuki para que instale essa fábrica em Goiás. Esse investimento é importante para o Estado e fiz questão de dizer que estamos à disposição do grupo afirmou o governador. A Suzuki Veículos do Brasil assinou contrato para receber benefícios fiscais do governo estadual por meio do Programa Fomentar ainda em 2008. No protocolo de intenções, o grupo afirmou que a fábrica seria instalada em Catalão, onde já funciona uma unidade em que os veículos importados são nacionalizados. Desde aquela época, porém, a empresa deixou claro que poderia instalar sua planta indústria em outra cidade. Um intenso bate-boca político causado na época tendo como principal protagonista o então prefeito de Catalão, Adib Elias (PMDB), e a crise da economia mundial fizeram com que a montadora congelasse temporariamente planos de investimento.
Adib e Velomar colocam empresa em saia justa
Velomar Rios - Pref. Catalão |
As trapalhadas de Velomar
O prefeito de Catalão, Velomar Rios, fez de tudo para inviabilizar a instalação da Suzuki no município. Para começar, desagradou a direção da montadora japonesa ao espalhar, aos quatro cantos, que a escolha da cidade goiana onde ela iria se instalar era meramente política. As declarações infelizes irritaram profundamente a empresa Souza Ramos, que detém a marca. Depois, quando o processo de definição chegou na fase final, Velomar ficou inerte, enquanto outros prefeitos faziam de tudo para atrair a fábrica.
A insistência de Marconi
O governador Marconi Perillo (PSDB) fez sua parte: garantiu todas as condições para que a Suzuki viesse para Goiás. Mas as declarações desastradas do prefeito Velomar Rios e de seu tutor, o presidente do PMDB, Adib Elias, fizeram a negociação recuar. Irritada com o tom político que a discussão ganhou, a montadora agora cogita instalar sua nova fábrica no Rio de Janeiro. Na segunda-feira, Marconi foi à sede da Suzuki no Brasil para contornar a situação.
Jardel se torna alvo do PMDB
Apesar de seus esforços para levar a Suzuki para Catalão, o único representante do município na Assembleia, deputado Jardel Sebba, tornou-se bode expiatório de Adib e Velomar, que não admitem a própria incompetência em negociar com a montadora.
Engana-se quem pensa que o prefeito de Catalão, Velomar Rios, é o único responsável por maquinar tantos atos desastrados contra Jardel Sebba e Marconi Perillo que terminaram por colocar um ponto de interrogação na instalação da empresa em Goiás. Velomar tem, como conselheiro, o ex-prefeito Adib Elias que a turma de asseclas do PMDB insiste em chamar de trator do sudoeste goiano. É Adib quem insufla Velomar a atacar Jardel, como se isso mudasse o fato de que a prefeitura pode perder a Suzuki porque não ofereceu tantos benefícios quanto outros prefeitos ofereceram.
Fonte: José Barbacena/Diário da Manhã
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