Os articuladores sociais do Projeto Ser Natureza realizaram com dirigentes da Saneago na a roda de conversa inaugural para solucionar questões socioambientais relativas à Vila Brasília, loteamento instalado em Iporá na década de 1970 e que ainda hoje sofre por falta de estrutura básica.
O tema tratado foi à falta de água tratada para moradores de cerca de 30 casas do bairro. No encontro, estiveram presentes, pela Saneago, o representante da regional de Iporá, João José Gomes Dias; o gerente da Região Sistema Sul, Franklin Ribeiro de Oliveira; o engenheiro Manoel Carlos da Silva Filho e o gerente local, Lázaro José da Cunha.
Segundo a articuladora e moradora da Vila Brasília Tianinha, mostras colhidas nessas casas constataram a má qualidade da água dos poços e que ela é imprópria para consumo. "Tem lugar em que as pessoas usam a água distribuída por um caminhão-pipa, até para beber", diz ela.
Os diretores da Saneago afirmam conhecer o problema, mas que, em razão de o bairro ainda ter grandes espaços vagos, o custo para levar a água até essas casas é muito elevado, pois precisaria de um projeto arrojado de expansão, considerando, inclusive, a reservação necessária e a ampliação do sistema desde a captação.
A Saneago confirma a viabilidade técnica, mas observa que, como empresa, deve ser considerada também a sua viabilidade econômica, daí a dificuldade. Eles sugerem uma parceria com o poder público local e, até mesmo, com os empreendedores, intermediada pelo Ministério Público.
Assim, o promotor de Justiça Murilo Frazão vai fazer um contato prévio com a administração municipal e levantar quantos lotes ainda estão nas mãos dos loteadores. A ideia é reunir as partes interessadas, inclusive com representação dos moradores, para uma roda de conversa sobre o tema, a ser realizada no dia 7 de junho.
Escolha da demanda
O Projeto Ser Natureza de Iporá tem como proposta a recuperação da Vertente Rica, manancial existente na zona urbana da cidade, que pertence à bacia do Rio Araguaia.
Para buscar o equilíbrio ambiental da área brejosa, foi preciso primeiro cuidar dos impactos negativos provocados por loteamentos existentes ao seu redor. Assim, um deles, em fase de implantação, o Brisa da Mata, já promoveu as adequações recomendadas para evitar eventuais danos ambientais.
Acima desse empreendimento, existe a Vila Brasília que, com mais de 3.500 lotes, tem desencadeado impactos, pela falta de galerias pluviais, e contaminação do lençol freático, devido ao uso de fossas negras. A falta de água tratada em algumas residências, entretanto, foi escolhida como questão pontual pelos articuladores, por se tratar de saúde pública, para que o grupo passe, então, às demais.
Vila Brasília
A Vila Brasília foi lançada na década de 1970 por alguns empreendedores, sem oferecer qualquer estrutura a seus moradores como água tratada, esgoto, energia elétrica, asfalto e galerias pluviais. Hoje, o bairro conta com energia, grande parte é atendida com o serviço de água e algumas ruas são asfaltadas. O restante ainda é uma necessidade.
A Vila Brasília está localizada acima da Vertente Rica e distante cerca de 5 quilômetros do aterro da cidade. Há relatos que registram que muitas casas foram erguidas em cima de áreas destinadas à disposição de resíduos, uma vez que o local era utilizado para descartes antes da construção do aterro naquela região. (Texto e fotos: Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social)
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